A aflatoxina é um veneno altamente tóxico e cancerígeno que contamina os alimentos. Ele se acumula em nossos corpos e prejudica nossa saúde. Além de causar câncer de fígado, nos torna mais fracos contra outras doenças e atrapalha o crescimento das crianças. Em alguns casos pode ser fatal.

Em grandes quantidades, a aflatoxina pode nos deixar doentes ou matar imediatamente, mas na maioria das vezes comemos sem perceber. Ele age como uma quinta coluna tóxica, gradualmente se infiltrando em nossos corpos e se acumulando dentro de nós. Como o mais perigoso dos agentes secretos, pode estar presente disfarçado por muitos anos causando danos a longo prazo e é muito difícil de detectar.

Na África, a aflatoxina é um grande problema no milho e no amendoim, e pode afetar outros alimentos, incluindo mandioca, sorgo, gergelim, arroz, pimenta e nozes. Também deixa animais como vacas, porcos e galinhas doentes, e eles passam a toxina para o leite, carne e ovos de que gostamos.

Você não pode ver, cheirar ou provar a aflatoxina, e é prejudicial mesmo em pequenas quantidades. Os níveis considerados seguros para comer são equivalentes a não mais do que cerca de um grama de toxina – menos de uma colher – em 100.000 quilos de comida – o suficiente para fazer um jantar para uma pequena cidade.

Surpreendentemente, esse veneno é produzido por um fungo comum encontrado em quase todos os lugares do solo (cientificamente, o principal culpado é conhecido como Aspergillus flavus, embora seus parentes próximos também estejam implicados). Sob as condições certas, esse minúsculo organismo infecta as plantas cultivadas enquanto elas estão crescendo e vive dentro dos alimentos durante toda a colheita e armazenamento até que sejam cozidos e comidos.

A aflatoxina afeta cerca de um quarto do suprimento total de alimentos do mundo e é ainda mais comum em países quentes e tropicais. Tem um grande impacto económico – bem como na saúde –uma vez que muitas colheitas africanas não podem ser vendidas nos mercados internacionais.